Sou casada, há vinte e poucos anos, amo mais meu marido que a mim mesmo.
Ja soube a algum tempo que estava sendo traída, e com dores e horrores, estou levando meu casamento como se fosse um barco sem direção. Todo mundo precisa ter alguem que tenha carinho e afeto.
Toda mulher precisa ser amada. A carencia afetiva foi crescendo e um dia você se depara com alguém bem especial....podes acreditar..Deus existe!
Um belo dia estava eu num hospital a fazer um exame, sozinha como sempre e apareceu do meu lado um homem com encantos na voz, no olhar e na forma de ser homem.
A conversa foi ficando interessante , coisas do dia a dia.Como bom cavalheiro deu-me seu cartão de visita. E num dia chuvoso, de triste solidão resolvi ligar...ouvir novamente sua voz.
Nossos encontros se tornaram frequentes juntando a solidão, carinho e emoção.
Até que um dia ,não resisti aos encantos de um homem charmoso e maduro.
O coração batia forte, endorfina, emoção de ser descoberta por maos presentes no meu corpo, deflorando cada celula num toque macio de cetim.
Fomos para um quarto de um motel que cheirava a amor proibido, amor contido...
Não me considero uma vulgar, mas alguém que precisava de se sentir amada, querida.
Hoje faço parte de uma peça teatral.Dissimular, representar todos os minimos detalhes quando chego em casa. Apago do meu celular as mensagens, as discagens do celular. Tomo banho , a agua limpa todas as marcas do meu corpo.Mas as marcas de maos que me desejam, corpo quente, as horas mais intimas serão sempre lembradas na minha mente.
Crio visitas com amigas, supermecado inexistente, medico que nunca fui, lugares ficticios que nunca fui e chego em casa sempre com um sorriso nos labios.
Assim aprendi a viver duplamente.
Remorsos não o tenho, mesmo porque perdi muito tempo em não poder amar.
Em vez disso a lavagem da alma. a vingança premeditada,as contas acertadas.
E sorrio quando o corno do meu marido reclama.....reclama seu corno...reclama!
Eu sou aquela que um dia amou voce....hoje eu me amo!
(relato de uma mulher )
por Soraya, a onça!
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